quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Editorial

O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista.

Na chamada “grande imprensa” os editoriais são apócrifos – isto é, nunca são assinados por ninguém em particular .

A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de Edição Jornalistica). Em casos em que as próprias matérias dos jornais são imbuídas de uma carga optativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se que é Jornalismo de Opinião.

Linha Editorial

A linha editorial é uma política predeterminada pela direção do veículo de comunicação ou pela diretoria da empresa que determina "a lógica pela qual a empresa jornalística enxerga o mundo; ela indica seus valores, aponta seus paradigmas e influencia decisivamente na construção de sua mensagem"

A linha editorial orienta o modo como cada texto será redigido, define quais termos podem ou não, quais devem ser usados, e qual a hierarquia que cada tema terá na edição final (seja em páginas do meio impresso ou na ordem de apresentação do telejornal ou radiojornal).

As charges, caricaturas e ilustrações editoriais:

São um meio visual e extremamente eloqüente de expressar opiniões, geralmente por meio de técnicas de humor. No Brasil, jornais como O Globo trazem charges em destaque na primeira página (atualmente executadas por Chico Caruso). O Jornal do Brasil fazia o mesmo até meados dos anos 1990, com o cartunista Ique. O jornal francês Le Monde é conhecido por utilizar diariamente uma ilustração editorial no alto da primeira página, logo abaixo a manchete, e nunca fotos. O New York Times se utiliza, na página Op-Ed, de uma diagramação diferenciada com ilustrações realizadas por profissionais consagrados. Muitos jornais e revistas brasileiras adotam uma abordagem semelhante nas páginas de opinião, optando por ilustrações expressivas ao invés de charges políticas.

Exemplo de Editorial:

Jornal O ESTADO 03/09

Sarney Abandonado

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira, sobre o presidente do Senado, José Sarney provocou um grande reboliço no já agitado cenário político brasileiro. Lula disse que não elegeu Sarney presidente do Senado, nem votou nele no Maranhão. Foi o estopim que faltava para a oposição ir à luta. A oposição reagiu dizendo que Lula, ao recuar na defesa do presidente da Casa, agiu politicamente para evitar colar sua imagem ao peemedebista em ano pré-eleitoral.

Todo mundo sabe que Sarney está com a “corda no pescoço” por conta das denúncias de irregularidades praticadas por sua gestão, via atos secretos. Lula, que não é bobo, até bem pouco tempo estava na defesa de Sarney, mas agora há interesses nos Estados o PT precisa fechar coligações que garantam vitória de seus candidatos. Sarney, neste momento, seria prejudicial aos planos do petista e a alternativa mais viável é abandonar o velho cacique da política brasileira à sua própria sorte. Afinal, todo jogo político tem suas próprias nuances e neste caso não poderia ser diferente. É esperar para ver.

Bárbara Belimira e Christine Targino

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